Pague primeiro a si mesmo

POR DALTON FERREIRA*

Um dos grandes erros que cometemos com o nosso dinheiro é: assim que recebemos o nosso salário, pagamos a conta de luz, a conta de água, o cartão de crédito etc., e depois se sobrar, guardamos dinheiro. Grande erro!!! As contas devem sim ser pagas sim e em dia, para não pagarmos multas e juros, mas há algo de fundamental importância que vem antes das contas. Sabe o que é? Você!!!

Quem rala o mês inteiro? enfrenta os desafios do cotidiano? Faz várias coisas ao mesmo tempo, não é você? Se você esperar sobrar para guardar, não sobrará nunca. Coloque-se em primeiro lugar e pague a si mesmo. Esse simples ato fará uma grande mudança na sua mentalidade em relação ao dinheiro.

Há um conceito na educação financeira chamado “pague primeiro a você mesmo”. Esse simples conceito nos orienta a separar um percentual de nossa receita e investir, como se fosse uma conta que você tivesse que pagar. Após essa conta que é seu compromisso com você mesmo, o que sobrar você gasta com suas contas tradicionais como habitação, transporte, diversão, educação, saúde etc.

Mas qual o percentual adequado para guardar? No mínimo 10%. Quanto mais você guardar e investir para multiplicar, mais você acumulará para realizar seus sonhos. Se não possui condições de hoje aplicar 10% da sua receita, comece com um valor mensal menor, e vá aumentando gradualmente. Há alguns investimentos como o tesouro direto que com pouco mais de 30 reais você já pode começar.

Inconscientemente através dessa ação você está dizendo “Sou a pessoa mais importante, eu que dei duro o mês inteiro, a primeira conta a ser paga é para mim, será meu dízimo pessoal”.

Outra mudança em sua mentalidade financeira é que você passa a se ver e sentir como investidor, melhorando sua autoestima e, aos poucos, vai interagindo mais nesse mundo dos investimentos e melhorando suas aplicações.

Comece investindo para criar uma reserva financeira com foco em oportunidades, por exemplo, às vezes surge alguém querendo vender o carro a um preço mais baixo para fazer caixa rápido, e você pode comprar e depois revender por um preço maior. Pode pintar um terreno com preço bem acessível e você o compra e o transforma em algo que dê retorno financeiro, como estacionamento ou casas. Em momentos de crise, quem tem dinheiro na mão aproveita para fazer mais dinheiro.

E se pintar algum imprevisto, como uma demissão involuntária, reforma emergencial no lar, ou doença, você pode utilizar essa reserva para se custear, ao invés de pegar empréstimos. A diferença é no foco. Quando você criar uma reserva para emergências, você cria uma proteção para algo que possa dar errado, quando você cria uma reserva para oportunidades, você coloca seu foco em situações em que você possa aproveitar o que guardou para multiplicá-lo.

Agora tudo se inicia com uma simples ação: começar!

Está pronto(a) para a partir de agora se pagar primeiro?

*Dalton Ferreira é Bacharel em Ciências Sociais e Mestre em Coaching Pessoal e Liderança Organizacional

Os 5 maus hábitos financeiros que impedem nosso sucesso

POR DALTON FERREIRA* 

Já observou quantas ações você executa em seu dia a dia sem parar para pensar? Essas ações repetidas várias vezes criam hábitos. O ganho que o hábito nos proporciona é o de economizar energia. Imagine se para cada ação executada, você tivesse que parar e refletir: calço primeiro o tênis do pé direito ou o do pé esquerdo? Tomo primeiro café, e escovo o dente depois, ou faço o contrário? Gastaríamos muita energia com essas ações simples. Toda vez que você toma uma decisão e age, seu cérebro cria sinapses neurais e através dessa repetição, ele reforça essas sinapses, até que ele entende que o processo deve ser repetido quando estiver diante do mesmo estímulo. Então, chega o momento em que você age no piloto automático e não raciocina mais sobre o que está fazendo.

O grande perigo de agir no piloto automático é quando o hábito praticado traz grandes perdas. O cérebro não distingue hábitos bons dos ruins. No âmbito financeiro, há muitos hábitos, como as compras, que proporcionam uma recompensa emocional e química, uma vez que nosso cérebro nos inunda de dopamina, que é o neurotransmissor responsável pela sensação do prazer e de bem-estar. Cada vez que você tem essa sensação, quer repeti-la e à medida que repete, o efeito gerado é menor, sendo necessário ou compras em maiores quantidades ou repetições em intervalos cada vez menores, podendo chegar à compulsão. O grande derrotado nessa história é o seu bolso.

Nesse artigo, separei 5 maus hábitos que nos impedem de alcançar o sucesso financeiro.

1) Consumo exagerado

Vivemos em uma sociedade de consumo, onde os desejos são transformados em necessidades e você é levado ao consumo desenfreado, onde você é medido pelo o que “tem” e não pelo que você “é”. Hoje, o Marketing utiliza de vários recursos, tais como manequim, cores, sons, técnicas de atendimento do vendedor, para que você compre além do planejado. Basta você abrir seu guarda-roupa. Quantos itens há entre roupas, sapatos e bolsas que você não utilizou nos últimos 6 meses? E os eletrônicos que são atualizados a cada semestre. Ou seja, por durabilidade, ou por moda, você é incentivado a consumir cada vez mais! Como esse ato é prazeroso e você possui a recompensa interna após a compra do objeto desejado, a tendência é que procure repetir essa ação de forma rotineira. Dessa forma, você troca experiências que poderia ter com viagens, passeios, por exemplo, por objetos. Já reparou que por mais que você tenha, sempre há a sensação que ainda falta algo?

2) Utilizar o cartão de crédito no rotativo e cheque especial

O mercado oferece muitas facilidades, para que você obtenha o objeto desejado de forma rápida. Antigamente, você trabalhava, recebia seus ganhos e gastava. Hoje, você parcela em 10x no cartão de crédito ou pega emprestado no cheque especial, para consumir primeiro e pensa: “depois dou um jeito”. Assim, as parcelas do cartão vão se acumulando até que você reconhece que não há como pagar a fatura inteira e paga o mínimo. Os juros no Brasil são exorbitantes, para cada R$ 1.000 de empréstimos, considerando juros de 10% ao mês, você irá pagar acima de R$ 33.000 em 3 anos, caso deixe acumular essa dívida. Se você deixasse esse valor aplicado em uma caderneta de poupança, teria menos de R$1.300,00. Percebe como é a atuação do sistema financeiro no Brasil? Cobra muito para emprestar e paga pouco pela sua aplicação. O pior, você consome menos, pois paga muitas taxas. Aquele item que você gastou R$ 500 no cartão sairá por mais que o dobro!

3) Desorganização

Muitas pessoas preferem ignorar os itens 1 e 2, preferem não checar e nem abrir as contas que recebem, colocam o máximo que podem em débito automático e vão sendo surpreendidas a cada olhada no extrato. Com isso, muitas vezes pagam contas em atraso ou não possuem o necessário na conta quando o débito ocorre. O dinheiro vai para o bolso de quem está pronto para ele e sabe como ele funciona. Como está sua organização financeira? Muitas pessoas me procuram para ajudar com suas dívidas, mas não sabem o montante devido, as instituições que deve e o juros cobrado por cada dívida. Resultado: Nome sujo e restrição de crédito! Para você se organizar é necessário construir o hábito de registrar suas entradas e saídas, como se você fosse uma empresa.

4) Falta de objetivos e sonhos.

Muitas pessoas sabem o que não querem, mas não sabem o que realmente desejam para sua vida. A clareza é fundamental para te dar um norte, saber onde está e aonde quer chegar. Se você não sabe aonde quer chegar, qualquer lugar serve. Qual o número da sua aposentadoria? Se você não tem um objetivo específico para ter como alvo, qualquer resultado atingido servirá.

5) Desconhecer o básico sobre Educação Financeira

Você trabalha, dá um duro danado, seja como empregado, autônomo ou empresário e quando recebe seus proventos ignora quais são as regras básicas para proteger seu dinheiro da inflação, e assim, multiplicar suas receitas. Você deve colocar o dinheiro para trabalhar para você. O maior investimento que existe é em autoconhecimento.

*Dalton Ferreira é Bacharel em Ciências Sociais e Mestre em Coaching Pessoal e Liderança Organizacional

A importância da educação financeira para sair de dívidas

POR DALTON FERREIRA 

Um expressivo número de pessoas no Brasil está endividada. Segundo levantamento do Peic (Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) apurada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) no mês de junho de 2022, mais de 77% das famílias brasileiras apresentaram algum grau de endividamento, sendo que 28,5% estão com as contas em atraso, ou seja, 3 em cada 10 brasileiros, estão inadimplentes. O cartão de crédito é a modalidade onde se concentra a maior parte das dívidas: 86,6%.

No mercado encontramos diversos profissionais na área financeira que podem ajudar os endividados a organizarem suas finanças, desde planejadores financeiros, consultores a coaches ou terapeutas financeiros. Todos são ótimos e necessários, uma vez que não tivemos educação financeira nas escolas. Esses profissionais ajudam a identificar a qualidade dos gastos, orientam a criação de uma planilha, na qual todos os gastos são registrados, traçam alguns cortes no orçamento, ensinam a negociar dívidas com as instituições trocando por um modelo de empréstimo (que tem juros mais baratos) e ajudam a gerar novas receitas.

O profissional da educação financeira com viés comportamental, como os coaches, se contrapõe à forma tradicional de consultoria, pois ele atua no comportamento e paradigmas do endividado, faz com que este traga para o consciente suas crenças quanto ao dinheiro e qual foi a causa do surgimento da dívida. Muitas pessoas, por ouvirem desde a infância que dinheiro é sujo, que todo rico é desonesto, entre outras frases negativas, sabotam a si mesmos e se livram do dinheiro sem saber por quê. Somente tratar os sintomas não trará uma solução efetiva. Importante tratar também as causas.

Há também outras causas de dívidas como: falta de planejamento, doenças, divórcio, desemprego e principalmente o imediatismo das compras provocados pela ansiedade, estresse ou euforia. Nessa questão, o aconselhamento pouco pode contribuir para solucionar o problema, uma vez que ensina, mas não altera a forma de pensar e agir. Ao contrário de uma intervenção com viés comportamental, que no processo ajudará a mudança de atitudes e hábitos, substituindo por outros mais saudáveis.

Uma técnica simples que pode ajudar é o cliente anotar o valor dos gastos no momento da compra e perceber a emoção que está sentindo ao efetivá-la. Dessa forma, o próprio endividado traz à consciência, as emoções e pensamentos envolvidos no ato da compra e poderá perceber qual o gatilho que disparou esse comportamento. Geralmente as emoções e os pensamentos se repetem.

O primeiro passo é identificar esses pensamentos e emoções, pois normalmente fazemos gastos no modo automático, sem pensar. Afinal, quantas vezes saímos de casa e ao retornar no final do dia, chegamos acompanhados de várias sacolas, com itens que não havíamos pensado em adquirir antes de sair?

O segundo passo é aprendermos a lidar de forma sábia com as emoções. No momento da compra, somos “enfeitiçados” por todo ambiente que essa ação nos gera. Podemos utilizar algumas estratégias como deixar o cartão longe de nós ou pensar em algumas perguntas para o racional interferir. Perguntas como: o que poderei perder ao realizar essa compra? O que posso fazer melhor com esse dinheiro? Eu tenho o suficiente para essa compra e para os demais compromissos do mês? Buscar atividades que substituam o prazer gerado pelas compras, como uma atividade física também é uma boa estratégia.

O terceiro passo é ter metas! Liste tudo que você quer, o valor, coloque em ordem de prioridade, data que pretende realizar a compra e monte um plano de ação. Quanto juntarei por mês? Que novas receitas poderei criar? O que não uso mais que posso vender? E por aí em diante. Quando realizamos uma compra sem planejar e entramos em dívidas estamos na verdade pagando “n” vezes aquele produto, pois ainda há juros!

Como não há educação financeira nas escolas e somos bombardeados pelo marketing agressivo das empresas à procura de seus lucros, vivemos uma Era em que o importante é o que temos e não o que somos. A sociedade aplaude o status apresentado, que muitas vezes é mentiroso, pois em muitos casos aquele modo de vida está baseado em muitas dívidas e noites de sono perdidas.

*Dalton Ferreira – Bacharel em Ciências Sociais e Mestre em Coaching Pessoal e Liderança Organizacional

Atendendo os objetivos financeiros de curto, médio e longo prazo

Muitas pessoas ao chegar o dia 10 de cada mês, já gastaram praticamente todo o salário com as contas do mês passado. Se isso não acontece com você, provavelmente você conhece várias pessoas assim.

Existe uma crença dominante para as pessoas com visão de curto prazo que é: ” A vida é uma só, tenho que viver bem” ou ” Não sei se estarei viva(o) amanhã, vou viver intensamente o hoje”. Concordamos que é importante viver bem o hoje e curtir alguns prazeres no presente, até porque a maioria de nós tem convivido com altos níveis de estresse e ansiedade e esses prazeres são uma forma de contrabalancear e alcançar o equilíbrio interno.

Por outro lado, quando nosso foco está somente no agora, qualquer contratempo gera um desequilíbrio financeiro e consequentemente dívidas.

Imagine que você irá viver até os 80 anos.

Se seu foco é somente no agora, quem manterá você no futuro, quando sua energia para fazer dinheiro não será mais a mesma e as oportunidades serão escassas? Irá depender de um filho? Do INSS ( Lembre-se da tradução: Isso Nunca Será Suficiente)?

A responsabilidade sobre o seu futuro é somente de uma pessoa: você.

Quando não desenvolvemos nossa visão de médio e longo prazo, para bens e serviços mais caros, parcelamos pagando juros e muitas vezes temos que abrir mão daquele bem por não ter como honrarmos com aquele compromisso.

A visão de longo e médio prazo nos permite a voos mais altos: abrir um negócio, comprar uma casa, um carro, alcançar a independência financeira, ou seja lá o que for, mas sem interferir no presente fazendo apenas alguns ajustes. Para isso é preciso disciplina e abrir mão de algo hoje.

Pense e reflita: como posso viver bem hoje e construir para que o futuro seja tão bom ou melhor que o presente?

Qual o primeiro movimento que você decide fazer?

Deixa nos comentários que queremos muito saber.

Abraços,

Dalton e Marcelo

Superando o desafio de organizar minhas finanças

Superando o desafio de organizar minhas finanças

A cada 100 pessoas que perguntamos como administra suas finanças, 95 nos olham com cara de paisagem. E você, seu perguntasse agora, como administra suas finanças, o que diria?

Muitos não tiram sequer o extrato de suas contas no fim do mês e nem olham a fatura do cartão de crédito.

Qual o medo que está por trás disso? Quais crenças alimentam esse comportamento?

Outras pessoas não organizam suas finanças por acharem difícil, não terem um método, acharem enfadonho, etc.

Já parou para pensar quantas viagens poderia ter realizado, quantos objetos de desejos poderia ter comprado, quantos passeios ou experiências a mais poderia ter realizado, se tivesse uma simples organização financeira?

Já imaginou o que teria dado para fazer nos últimos 10, 20, 30 anos se tivesse economizado, digamos, o valor de um cafezinho por dia?

 

A falta de organização financeira nos leva a pagar contas atrasadas com multa, a pagar juros no cheque especial, a pagar o mínimo a fatura do cartão de crédito, ou seja, o que chamamos de jogar dinheiro fora pagando juros estratosféricos para as instituições financeiras. Fora cobranças indevidas que são realizadas na sua conta e você nem sabe.

Para se organizar financeiramente, primeiro você deve ter um motivo.

Qual o seu motivo? Dar o exemplo para os filhos? Fazer uma viagem dos sonhos? Comprar uma casa?

Se o seu motivo for forte o suficiente, você encontrará os meios de fazer um planejamento (que não precisa ser complexo) e para descobrir e reparar o vazamento por onde seu dinheiro sai, sem lhe trazer prazer ou atender seus objetivos.

Qual vai ser seu primeiro passo?

 

Deixe aqui nos comentários que queremos saber 😊

Abraços,

Dalton e Marcelo

Dicas de Economia #6 com Dalton Ferreira

Dicas de Economia #6 com Dalton Ferreira

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